Pode-se pensar e repensar uma pergunta, o objetivo da espera, a questão de saver se há um objetivo, se vai aparecer uma pessoa, mas se a pessoa não vem, não há ninguém nem nada que responda.
É noite. Ouço um pequeno grupo de homens chamarem-se uns aos outros em alemão, vejo-os a passar, os pompons dos barretes de esqui a abanar, a neve fresca a ranger sob as suas botas.
Foram-se embora. O vento assobia no meio das árvores, os ramos flutuam para cima e para baixo com uma elegância lenta, selvagem.
Estou sozinha na base da pista, quase gelada para me mexer.
A resposta não chega.
Tenho de encontrar um ponto arbitrário dentro do período de esperam a ausência em aberto, e arrancar-me dali.
Partir, sem resposta. Passar à pergunta seguinte."
Rachel Kushner, Os Lança-Chamas, p. 357
A resposta não chega.
Tenho de encontrar um ponto arbitrário dentro do período de esperam a ausência em aberto, e arrancar-me dali.
Partir, sem resposta. Passar à pergunta seguinte."
Rachel Kushner, Os Lança-Chamas, p. 357
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