"Durante anos, tinha bastado ser inteligente. Tudo o que isso significava, ao início, era que se era capaz de responder ao tipo de perguntas que os professores faziam. Todo o mundo parecia ser baseado em factos, o que fora um alívio para Greer, que era capaz de apresentar factos com grande facilidade, como um mágico a tirar moedas de trás de qualquer orelha disponível. Os factos apareciam diante de si e depois ela limitava-se a dar-lhes voz, tornando-se assim conhecida como a mais esperta da turma.
Mais tarde, quando já não eram só factos o requerido, tudo se tornou mais difícil para ela. Ter de se expor - as suas opiniões, a sua essência, a substância particular que revolvia dentro de uma pessoa e a tornava quem era - tanto a exauria como assustava (...)".
Meg Wolitzer, A persuasão feminina, Teorema, 2018, p. 16.
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