lembro-me como se fosse hoje: a Maria Alice atendia o telefone e eu, filha única muito zelosa daquela segunda Mãe, perguntava-lhe com a mesma desconfiança, "quem era, Alice?". "Uma menina de quem em tempos cuidei", respondia-me. Seguia-se um momento de conforto: a Maria Alice desviava o olhar e encolhia os ombros (propositadamente ou não, preferi nunca confirmar) para que eu percebesse que a outra menina não era importante na sua vida.
hoje, pedi a Deus e aos deuses que os teus ombros não saíssem do sítio, e que nenhuma menina te perguntasse o que quer que fosse quando desligaste o telefone Maria Alice.
Sem comentários:
Enviar um comentário