Acabo de ler que no dia 5 começou, nos EUA, o princípio do fim de Mad Men, depois de 8 anos de metáforas e analogias a beliscar a perfeição televisiva. Incontornável é o vulto sorumbático de Donald Draper. Tudo nele é energia esmagadora: do sobrolho franzido à boca comprimida que, talvez, nos vá dizer alguma coisa sobre si e sobre os fantasmas que, às vezes, em casa, lhe batem à porta. Com força. Homem recatado mas veemente, elegante e autoritário, com um espírito irrequieto e um coração caótico pesado de mágoa. Uma pose marcial, dura, mas ao mesmo tempo visivelmente sofrida: lê-se no rosto a impiedade da vida, a ideia de que o homem é o lobo do homem.
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