A Esquerda, outrora unida no apoio à possibilidade de um governo socialista, apresenta-se às eleições presidenciais com múltiplos candidatos dos quais merecem destaque: “A Presidenta” - Marisa, “A Falsa Frágil” - Maria de Belém, “O Discriminador” - Sampaio da Nóvoa.
Começando por Marisa Matias, não se compreende a postura desta candidata que em tempos defendeu existir “feminismo a menos”. Não sei como Marisa quantifica ou mede o feminismo, mas a sua candidatura, provavelmente, não o terá em doses aceitáveis. Os seus cartazes audaciosos e quase sexy, em que a candidata se apresenta como uma espécie de Sara Sampaio da esquerda indígena, afirmando-se objeto de desejo, de esperança, ao lado de slogans curiosos como o caso de “uma por todos”, são a prova disso.
Maria de Belém, nas próprias palavras uma “falsa frágil”, expressão com um nível de curiosidade semelhante a “falso lento” inúmeras vezes presente em relatos de partidas de futebol, apresenta uma candidatura cuja força reside no “carácter” e não no “caráter”, apelando ao voto daqueles que articulam a consoante ou dos que preferem o acordo ortográfico de 1945. Seria importante esclarecer aonde reside, afinal, a força de Belém: é que em questões deste teor já nos basta um Primeiro Ministro cuja articulação foge da ortografia como o diabo da cruz sempre que pronuncia “pugrama” em vez de “programa” e nem vamos entrar na questão da dicção.
Por fim, Sampaio da Nóvoa, parece ter – poeticamente, é claro - proclamado que tudo no seu corpo era Minho e Norte numa atitude vergonhosamente discriminatória para com, por exemplo, as Beiras, Ribatejo ou mesmo o Alentejo e Algarve. Assim, sabemos que Nóvoa nunca será o Presidente de todos os portugueses, nem de toda a esquerda. Bom, a realidade é o que e, segundo as sondagens, nenhum dos 3 irá para Belém.
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