"(...) A imprensa tem colocado a questão como sendo uma crise humanitária que o Ocidente, em concreto a Europa, deve resolver e aparentemente não o tem conseguido fazer. Mas será que, mais do que criticarmos a Europa, não deveríamos enfatizar o papel generoso e a sua atuação altruísta na integração de refugiados e emigrantes ao contrário de muitos países islâmicos – com a exceção dos países fronteiriços com a Síria naturalmente incapazes de erguer fronteiras – que se limitam a criar barreiras, fechando-se, para que essas pessoas lá não cheguem? Por outro lado, a Europa não tem culpa de um problema que é um dos mais antigos da História da Humanidade nem lhe devemos exigir que, com uma varinha mágica, o resolva. A imagem daquela criança morta toca-nos profundamente, o desejo de a socorrer corre-nos no ADN, o ímpeto é fazer qualquer coisa, mas o que seja essa coisa é secundário e, para alguns, vai desvanecendo com o passar do tempo. Não seriamos humanos se não sentíssemos um espasmo de choque; mas a responsabilidade da morte da criança não é culpa da Europa mas, isso sim, de Assad ou do ISIS(...)"
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