Houve momentos na
História recente em que os líderes da Igreja tiveram um papel fundamental no
curso da Humanidade. Ninguém nega a importância de Eisenhower e Pio XII, ou
Reagan e João Paulo II, no combate ao comunismo enquanto ameaça clara ao Cristianismo e ao mundo Livre.
A suprema ironia é termos
hoje um Papa que escolheu como bandeiras políticas – não teológicas – algumas
das que são erigidas por Obama e que têm na sua fundamentação o mesmo gene das doutrinas
comunistas. Na encíclica pró-verde “Laudato Si” Francisco surge como o mais recente aliado da crença nas alterações
climáticas e na necessidade de salvação do planeta. Há uma diferença
significativa entre a defesa da Ecologia e uma instrumentalização do Apocalipse
como forma de combate ao capitalismo. A Ecologia dignifica o homem,
responsabiliza-o pela utilização dos recursos, e convida-o a salvaguardar o
planeta em prol das gerações futuras; é obrigação do Homem colocar o seu
engenho para encontrar as formas mais eficientes de utilizar os recursos do
Planeta, fomentando o bem-estar de todos, os de hoje e os do amanhã. Já o
eco-fanatismo parte de uma crença não comprovada cientificamente, combatendo o
modelo económico que inspira o nosso modo de vida, como forma de evitar a Morte
iminente do planeta.
O Papa Francisco escolheu
para marcar a sua visita aos EUA toda uma série de causas políticas –
emigração, clima, capitalismo, combate às desigualdades – que o colocam de um
dos lados da barricada em matérias onde existem enormes clivagens ideológicas,
afastando as atenções mediáticas dos temas de índole espiritual onde a Igreja
precisa de dar repostas. O Papa tem as suas opiniões políticas; como Católica
posso duvidar delas. Preferia ter de Francisco mais respostas espirituais, já
que não me parece que um dueto Francisco/Obama consiga salvar o mundo do Apocalipse.
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