quinta-feira, 26 de maio de 2016

imagino-lhe o desespero

Recebido por mensagem num certo grupo no Facebook: "x e y, achei que iam gostar de saber que estava no meio da Bertrand e decidi ir ler a última página do Fiesta. Desatei às lágrimas."


Imagino-lhe o desespero; a constatação momentânea mas violenta de que a vida é mesmo assim, como reza o Fiesta:



"O motorista começou a subir a rua. Recostei-me. Brett chegou-se a mim. Íamos muito encostados. Passei-lhe o meu braço e ela descansou confortavelmente em mim. Estava muito calor e a luz era muita, e as casas eram violentamente brancas. Virámos para a Gran Via.

- Oh, Jake - disse Brett -, podíamos ter passado juntos uma vida bestialmente boa. 
À nossa frente, um polícia montado, de caqui, dirigia o tráfego. Levantou o bastão. O carro travou de repente, apertando Brett contra mim.
- Sim - disse eu. - Pois não é bonito pensar nisso?"

Sem comentários:

Enviar um comentário